Central de Compras do governo: Vai sobrar para todo mundo !!!!

22/03/2015 15:59

A mobilização das agências de viagens que atendem os órgão governamentais e autarquias   que aconteceram nos últimos dias, inclusive fazendo uma manifestação nos moldes daquelas promovidas pela CUT, CGT  e demais centrais de trabalhadores até fez barulho e foi noticiado, mas acredito que a mesma tenha sido modesta demais em se tratando do assunto em pauta e do que pode ocasionar essa decisão do governo de comprar passagens aéreas diretamente das Cias Aéreas através da criação da Centra de Compras.

A verdade é que somente as agências que atendem o governo neste momento estão preocupadas com a situação, e somente elas estão tentando reverter esta situação que a cada dia que passa aparenta ser cada dia mais irreversível, quando na verdade no mundo globalizado em que vivemos é natural que todos sejam atingidos e prejudicados com esta atitude do governo.

As  empresas que são especializadas em eventos, algumas que trabalham dedicadas ao atendimento corporativo voltadas a empresas privadas e até mesmo as agências que só atendem clientes finais dedicadas ao turismo de lazer que não estão preocupadas com o tema e nem participaram ou apoiaram de alguma forma as empresas que estão se vendo em situação delicada em virtude da decisão do governo, mas...

É importantíssimo que se saiba que as empresas que atendem governo estão entre as maiores de Brasília e consequentemente possuem um caixa fortalecido pelo histórico de compras em grandes quantias por parte dos governos nas esferas federais e estaduais, e são agências na sua maioria agências tradicionais que se não puderem continuar vendendo para o governo dificilmente irão encerrar suas atividades, ou seja,  as mesmas terão que se adaptar ao mercado, e não é fantasia afirmar que essas empresa tem “bala na agulha” para fazê-lo, aí é que entra a questão das demais agências mencionadas anteriormente.

As empresas terão que entrar forte nas licitações de eventos, e com certeza atrapalharam bastante a vida das empresas que antes estavam confortavelmente disputando essa fatia entre si, não tenham dúvida de que irão em busca dos clientes corporativos com oferta de tecnologia avançada e descontos audaciosos para conquistar este público, e enfim, com dinheiro em caixa, dos bons tempos de bonança das verbas governamentais poderão também abrir lojas para atendimento ao público em geral.

Então,  para quem pensou:  “problema não é meu” ou “esse medida do governo não me atinge” ou até mesmo “Este problema é apenas de quem atende o governo”,  é bom repensar suas atitudes  e ver se ainda dá tempo de fazer alguma coisa no sentido de colaborar com essas agências para que elas se mantenha dentro do seu nicho de mercado e para que não aconteça um drástica mudança no mercado já complicado de intermediação que  já se encontra numa situação bem difícil e complicada, mas que infelizmente pode piorar.

 

Moisés Ponte para o VoeNews.